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Saúde mental no trabalho: um alerta para instituições de saúde durante o Setembro Amarelo

  • Foto do escritor: Cibele Sinico
    Cibele Sinico
  • 16 de set.
  • 2 min de leitura
Imagem: Banco de imagens Canva
Imagem: Banco de imagens Canva

Nos últimos dez anos, os afastamentos do trabalho por transtornos psicológicos mais do que dobraram no Brasil, alcançando 440 mil casos em 2024, segundo levantamento publicado pela Você S/A (2024). Ansiedade, episódios depressivos e burnout estão entre os principais motivos. No setor da saúde, essa realidade se intensifica. Profissionais lidam diariamente com vidas humanas, rotinas intensas, plantões prolongados e pressões emocionais que exigem muito além das competências técnicas. Em meio a esse cenário, o Setembro Amarelo traz uma reflexão urgente: como as instituições podem cuidar melhor de quem cuida?


O impacto silencioso da saúde mental no trabalho

Problemas emocionais não afetam apenas o colaborador, mas toda a organização. Altas taxas de adoecimento psicológico reduzem produtividade, aumentam absenteísmo e ampliam os custos com rotatividade. Em hospitais, clínicas e laboratórios, isso pode comprometer diretamente a qualidade do cuidado oferecido aos pacientes.

De acordo com a Você S/A (2024), apenas em 2024 os afastamentos por ansiedade chegaram a 141 mil casos e os por episódios depressivos a 113 mil. São números que evidenciam a necessidade urgente de políticas de prevenção e apoio psicológico no ambiente de trabalho.


Fatores que aumentam o risco nas instituições de saúde

Baseada na minha experiência com lideranças e equipes da área, destaco alguns fatores que tornam os profissionais mais vulneráveis:

  • Escalas exaustivas e plantões sucessivos.

  • Falta de apoio emocional ou supervisão adequada.

  • Pressão constante por metas e produtividade.

  • Reconhecimento insuficiente e comunicação falha.

  • Pouca flexibilidade para conciliar vida pessoal e trabalho.

Esses aspectos criam um terreno fértil para esgotamento emocional, afastamentos e até situações extremas, como ideação suicida.


O papel das instituições de saúde

Investir em saúde mental não é custo, é estratégia. Algumas práticas que recomendo às instituições:

  • Programas estruturados de apoio psicológico presencial ou online.

  • Capacitação de líderes para identificar sinais de sofrimento emocional e agir precocemente.

  • Flexibilização de escalas em momentos críticos, como luto ou adoecimento familiar.

  • Promoção de pausas e férias efetivas, respeitando os períodos de descanso.

  • Criação de espaços de escuta e diálogo sobre masculinidades, cuidado e equilíbrio.

A experiência mostra que essas medidas não só reduzem afastamentos como fortalecem engajamento, retenção e qualidade assistencial.


Setembro Amarelo como ponto de partida

O Setembro Amarelo é um momento simbólico para abrir conversas que costumam ser adiadas. É uma oportunidade para instituições de saúde olharem para dentro e se perguntarem: “Estamos cuidando de quem cuida?”

Criar ambientes mais saudáveis e humanos é uma responsabilidade coletiva e estratégica. Profissionais equilibrados emocionalmente oferecem um cuidado melhor, tomam decisões mais assertivas e constroem equipes mais colaborativas.



Como CEO da EmpregaSaúde, tenho acompanhado de perto os desafios das instituições nesse tema. Acredito que cuidar da saúde mental dos profissionais é tão importante quanto cuidar dos pacientes.


Na EmpregaSaúde, ajudamos empresas do setor a desenvolver políticas, líderes e práticas que fortalecem o bem-estar das equipes. Seja por meio de Mentoria Executiva, Desenvolvimento de Lideranças ou Programas personalizados de engajamento e retenção, trabalhamos para que sua instituição seja um lugar seguro e inspirador para quem dedica a vida a cuidar.


Quer saber como implementar estratégias eficazes de saúde mental no seu ambiente de trabalho?


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